Evite surpresas: como identificar a hora certa de trocar os pneus?

O que avaliar antes da substituição?

O principal recurso para avaliar a necessidade de trocar os pneus é o TWI (Tread Wear Indicator), pequenas elevações de borracha localizadas no interior dos sulcos. Esses indicadores funcionam como referência visual: quando a superfície do pneu atinge o mesmo nível do TWI, significa que os sulcos estão com profundidade inferior a 1,6 milímetros, que é o limite mínimo estabelecido pela legislação brasileira.

Os sulcos desempenham funções vitais: proporcionam aderência ao asfalto, drenam água da pista e auxiliam na refrigeração da borracha. Quando esses sulcos se tornam rasos demais, a capacidade de frenagem diminui drasticamente, principalmente em pistas molhadas.

Também vale considerar:

Quilometragem rodada

Embora a durabilidade varie conforme o estilo de condução e as condições das vias, o ideal é trocar os pneus a cada 60 mil quilômetros rodados. Esse número serve como referência geral, mas motoristas que enfrentam estradas irregulares, carregam peso excessivo frequentemente ou adotam uma condução mais agressiva podem precisar realizar a substituição antes desse período.

Data de fabricação

Poucos condutores sabem que existe um prazo de validade para os pneus. Mesmo que o veículo seja pouco utilizado, a borracha se deteriora com o tempo, ficando ressecada e perdendo suas propriedades elásticas. O prazo máximo de uso é de 5 anos a partir da fabricação.

Para verificar a data de fabricação, procure pela marcação “DOT” na lateral do pneu. Os quatro últimos dígitos indicam a semana e o ano de produção. Por exemplo, "2519" significa que o pneu foi fabricado na 25ª semana de 2019. Portanto, ele deveria ser substituído até a 25ª semana de 2024, independentemente do desgaste aparente.

Sinais visuais que indicam quando trocar os pneus

Bolhas na lateral dos pneus são sinais de alerta vermelho. Essas protuberâncias indicam rompimento das fibras internas, deixando apenas uma fina camada de borracha contendo a pressão do ar. Trata-se de uma situação extremamente perigosa que pode resultar em estouro repentino.

Cortes profundos, rasgos ou perfurações, especialmente na lateral, comprometem a estrutura do pneu. Nesses casos, reparos não são seguros, e a única alternativa segura é trocar os pneus afetados.

Ao mesmo tempo, se você perceber que um lado do pneu está mais gasto que o outro, ou que os pneus dianteiros apresentam desgaste muito diferente dos traseiros, isso indica problemas no alinhamento ou balanceamento das rodas. Além de corrigir essas questões, pode ser necessário antecipar a troca.

Por fim, preste atenção se o veículo começar a “puxar” para um dos lados, se o volante apresentar vibrações anormais ou se a distância de frenagem aumentar visivelmente. Esses sintomas indicam que já passou da hora de trocar os pneus, mesmo que visualmente eles ainda pareçam aceitáveis.

Como prolongar a vida útil?

Embora o desgaste seja inevitável, algumas práticas aumentam bastante a durabilidade:

• Calibragem regular;
• Rodízio estratégico (realize o rodízio a cada 10 mil quilômetros para equilibrar o desgaste entre todos os pneus. Quando for necessário fazer a substituição, priorize colocar os novos no eixo traseiro, pois esse eixo é responsável pela estabilidade nas curvas);
• Alinhamento e balanceamento;
• Evite sobrecargas;
• Adote uma direção mais suave. 

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Referências:

Olho no Carro

Porto Seguro

Zul+